Tua negra imagem me perturba o sono e a vida, o veneno do teu olhar me corrói a alma. Tua presença vampiresca segue minha sombra perdida, rodeada de demônios, dos quais o mais negro és tu! Quisera eu o hausto da tua respiração, o sangue maldito da tua progênie provar, perder minha vida para morrer na tua escuridão e em teus longos cabelos me enredar!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
ESPERO...
Surgirás como sempre bela e sedutora!
Sentará muda sem dizer: Bom dia!!!
Não precisas falar. É musa inspiradora
E ao acordar já senti os raios que irradias.
Agradar-te-ei. Chamando-a: Doutora.
Mas antes de aparecer – te eu já a via.
Imponente entrando dominadora,
Já sentia o teu sorriso que extasia.
Não aparecestes no esplendor da alvorada,
Mas quando meus olhos entristecidos
Achou-te em meio de pássaros em revoada.
Espero aquele teu beijinho umedecido,
Cumprimento não de uma namorada,
Mas de incentivo a um homem tímido.
DESPEDIDAS...
Ontem, uma vez mais despedi-me de ti…
Pela manhã o linho ainda exala o teu cheiro
Chocolates, copos meios, adornam o soalho
Um céu cinzento espreita por entre as cortinas
Escuto ruídos duma cidade semi-adormecida
A caminho do aeroporto faces de segunda-feira
A minha mão segura a mala mas ainda sente o teu pulso
Como nunca tenho de conter a húmidade nos olhos
Aguardo o voo que me levará a nenhures
Acreditava que a vida era uma melodia,
Mas sinto-me incapaz de retribuir um sorriso
Disfarço a dor há demasiado tempo
E crescem as saudades de ser inocente.
SE...
"SE NÃO HOUVE AMOR, VALEU PELO GOSTAR. SE NÃO HOUVE GOSTAR, VALEU PELO QUERER. SE NÃO HOUVE QUERER, VALEU PELA ALEGRIA DE ESTAR COM VOCÊ. SE NÃO HOUVE ALEGRIA, VALEU PELA AMIZADE. SE NÃO HOUVE AMIZADE, VALEU PELA INTENÇÃO. SE NÃO HOUVE INTENÇÃO: FODA-SE , VAI SER EXIGENTE ASSIM, NA PUTA QUE PARIU!!!!"
CORAÇÃO GRÁVIDO...
Meu coração estava grávido.
Grávido de um coração de vazios.
Grávido de um coração oco.
Que viveu de quases.
Quase amor, quase entrega, quase coragem, quase inteiro, quase ele mesmo.
Quase.
Meu coração grávido tudo viveu, tudo disse, tudo fez.
Agora, não há mais nada.
Nada a dizer, a fazer, nada a somar.
Meu coração estava grávido de uma história só sua, tentando em vão entrar num roteiro fechado.
Grávido e solteiro.
Meu coração estava grávido de um amor só meu.
Não respirou outro ar, não bebeu de outra água.
Quase morreu à míngua.
Mas era de si mesmo que o meu coração estava grávido.
Meu coração pariu outro coração de mim mesmo e agora está vazio.
Mas é um vazio bom.
Vazio de outro vazio, meu coração se enche de si.
Vazio de prisões, meu coração está cheio de possibilidades.
Eu o sinto vazio e quieto.
Eu o sinto em paz.
COMO???
Como faço para preencher um coração?
Ele está vazio, precisando de uma paixão.
Uma forte paixão que me faça sorrir
Que me faça sentir
A beleza da vida
Quero um amor que preencha esse vazio,
De um coração arredio
Que está sofrendo no frio da solidão
Como faço para preencher um coração?
Um coração que não quer mais sofrer
E só que viver uma louca paixão
Que faça me sentir feliz
Amado, desejado, apaixonado
PERDIDO SEM VOCÊ...
Sinto-me vazio, distraído,
Com pensamentos confusos,
Nesta corrida sem destino
Dando voltas em labirinto
Sem encontrar uma saída.
Sinto tudo escorregar
Como um limo, entre pedras
Escorregadias, que fugiu
Do meu controle e meus pés,
Não consegue se firmar.
Oh, esse vazio que explora
Todo meu ser esvaziando
Meu coração, minha mente
E de tudo que se refere a você.
Não quero este vazio dentro
Do meu coração...
Quero preencher essa lacuna
Com uma linda paixão!
É o meu coração precisando...
Precisando do amor;
Que pertence a você!
EU, MORTO...
Sinto o doce toque de tuas cristalinas lagrimas sobre o meu túmulo. Dos meus olhos deslizam lagrimas de sangue, pois choro a mesma saudade. Tuas mãos quentes tocam minha lápide, Meu corpo frio é inerte a teus movimentos. O rubor está em teu vivo rosto, porque choras?! A palidez toma conta de minha pele, porque eu morri?! A luz do sol toca em teu rosto, tens que ir... A tua sombra cobre meu jovem corpo, sentirei saudades sem fim.
INCRÉDULO...
A imcompreensão me tomou por súbito
Da negação fiz minha única esperança
Tento insistentemente negar-me, de joelhos, sob meu nome
Conto o tempo no desfazer da minha carne
Contemplo incrédulo a terra desfazer minha única referencia de vida,
selada na mais bela e ornamentada das caixas
O vento gélido traz chuva e algumas flores ao meus pés,
como querendo alertar-me, tampar minha visão, porem nem a face me toca
Nem o ar frio do inverno, nem as torrenciais chuvas de verão
Nada mais é capaz siquer de ferir-me, quanto mais desviar meu fixo e incrédulo olhar
Até que meu ultimo fio de cabelo se desfaça, nao abandonarei meu corpo
De fato, deveria ter sido cremado...
A MORTE...
Descobri que o ser que revela nosso sinistro fim,
é um tanto quanto diferente do que eu imaginava
Na verdade, ela sempre esteve ao meu lado,
pronto a revelar-se, não a mim,
mas ao corpo que agora estende-se pelo chão
Pessoa essa que desconheço, porem,
para a morte, desconhecido certamente não era.
A morte é imprevisível, impulsiva, irreconhecível.
Ela assume diversas formas
Hoje eu a conheci na forma de um garoto de 25 anos,
ofegante, faca em punho,
sangue e vida escorrendo-lhe por entre os dedos.
Olhar fixo no espelho, tentava não se reconhecer
Sim, seu reflexo era a morte.
Como entender sua atitude?!
Assim como veio, a morte parece ter ido embora,
deixando ali um rapaz confuso e sem respostas...
NÃO SABER...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um estalo, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na esquina da mesa, dói morder a língua, dói
cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma brincadeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade que mais dói é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro
sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua chorando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele continua a trabalhar no relatório;
se ela aprendeu a conduzir;
se ele continua preferindo Stout;
se ela continua preferindo sumo;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua abraçando tão bem;
se ela continua gostando de Massas;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como conter as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a
todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que
você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
(Martha Medeiros)
O AMOR É CEGO, SURDO E BURRO...
É bem estranho como as pessoas ficam cegas diante de um estado deprimente de raiva incontida. Diante do perdão mal dado e dos pecados não esquecidos, a falta de confiança realmente toma dimensões assustadoras. Até o inegável parece cair por terra e o que menos se espera de alguém acontece. Não costumo ter acessos de raiva, porém me dói profundamente a injustiça. A falta de fé nas pessoas e a não credibilidade no seu poder de mudança me entristece deveras. A fúria nos olhos de alguém é imagem inesquecível, ferida terrivelmente aberta que se não sara a longo prazo, talvez nunca cicatrize. Acreditar em alguém, nas palavras pronunciadas por ela e nos seus atos é algo, realmente, difícil. Porém, quando esse mesmo alguém te enche de exemplos maiores de confiança, talvez escorregue um pouco nas palavras, mas é firme e forte em seus atos, não se deve ir além nos insultos. Essa pessoa merece ser reconhecida, respeitada e ouvida. Creio que não há dor maior do que não saber perdoar e confiar nas pessoas. Sempre ouvi dizer que o perdão é algo feito para si mesmo e não para o outro que recebe. As pessoas são uns problemas, uns problemas lindos. Há pessoas que são uma enorme equação matemática, no entanto a resposta é bem simples, se você estudou e estava preparado para tal resolução. Acredito, fielmente, no poder das pessoas, na força de vontade, nos olhos e verdades escondidas em seus corações. Acredito no amor. É bem verdade que ele me deixa um pouco (muito) cego às vezes e me faz chorar interminavelmente, é eu choro e não deixo de ser homem por isso... Porém, para mim, o amor é a verdade jamais contestada e não importa o que se tenha passado, o que se tenha escutado ou sofrido, o amor é capaz de curar, acreditar e, o mais importante de tudo, não deixar que a fé se acabe. Nunca.
VOCÊ...
Você mora na minha casa, você mora no meu sofá, na minha cama e na mesa de jantar.
Dorme nos filmes bonitos, canta músicas afinadas. Usa blusas de algodão.
Tem sua escova de dente no meu banheiro, tem seu perfume no travesseiro, tem seu pedaço em meu coração.
Seu riso é o mais escandaloso, sua voz nervosa é a mais assustadora, sua crueldade é o maior pecado.
Você já sentiu o sufoco de um cara sem trabalho, sem dinheiro, sem pai?
Já sentiu o coração partido?
Você me quebra em mil pedaços com seu olhar e sua ausência de palavras.
Quando me machuca, suas desculpas são agressivas, abre as feridas e coloca sal. Sou pequeno demais pra me proteger em sentimentos, pra te impedir de ser tão rude.
Eu grito esperando resposta, enlouqueço esperando que me pegue no colo, me desintegro com sua falta de carinho.
Eu preciso de você.
Preciso que me deixe chorar na sua blusa bege até parecer chuva, preciso arranhar seu corpo e tirar a dor das entranhas, preciso que me avise que é a hora de ser feliz, sem medo, sem nóias.
Você sabe que eu te amo, e toda vez que amo eu deixo de existir. E, mesmo achando o amor a coisa mais imbecil eu continuo programando minha vida e nosso futuro cheio de coisas coloridas e infantis.
Eu não acredito na vida, e meu coração bate torto à anos.
Preciso que me respire, me inspire e me pegue firme pela mão, que não me deixe vomitando toda a madrugada (bebado), nem me mande ‘pular fora’ das suas canções.
Denuncio no olhar, só por hoje, que o coração está abafado.
Costumo achar que luto o suficiente pelas coisas, depois fico me espremendo nas paredes da casa tentando segurar o que escorre entre as mãos.
Entrego, só por hoje, minha ignorância pra falar de sentimentos. Achar que o amor é a coisa mais banal da vida.
Dá pra se viver com um amor dentro do peito sem ver ele acontecer, pois o amor é burro e nunca sabe a hora de partir.
Mas, não dá pra se viver um amor, acreditando ter tudo o que é necessário pra ser feliz. Se você for meia frígida, ríspida e enigmática, a tinta da sua parede vai derreter, feito a de todos os amores que quando deixam de ser paixão, tornam-se burros e compridos.
MATEMÁTICA DO AMOR!
Fiz um cálculo exato para conquistar meu amor,
Com a circunferência de um raio de emoção.
Calculei milimetradamente suas arestas,
Com o tempo de vida do meu coraçãoDescobri meu amor na matemática,
Numa operação somei sua virtude,
Logo diminui seus defeitos,
Multiplicando a sua personalidadeComo professor de matemática que não sou,
Fiz uma conta exata, que nada sobrou.
Sua baixa verticalidade foi igualada,
Com horizontalidade do ninho do nosso amor. Quando começamos usei a aritmética.
Com a chave do tempo fizemos um conjunto.
A soma de nossos sentimentos era o universo.
E a paixão veio forte, em progressão geométricaDividi comigo a sua tristeza, alegria e emoção.
Tangenciei uma perimetral na sua fonte.
Lotiei seu corpo em formas arredondadas.
Para que coubessem no meu coração.
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