Tua negra imagem me perturba o sono e a vida, o veneno do teu olhar me corrói a alma. Tua presença vampiresca segue minha sombra perdida, rodeada de demônios, dos quais o mais negro és tu! Quisera eu o hausto da tua respiração, o sangue maldito da tua progênie provar, perder minha vida para morrer na tua escuridão e em teus longos cabelos me enredar!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
CORAÇÃO GRÁVIDO...
Meu coração estava grávido.
Grávido de um coração de vazios.
Grávido de um coração oco.
Que viveu de quases.
Quase amor, quase entrega, quase coragem, quase inteiro, quase ele mesmo.
Quase.
Meu coração grávido tudo viveu, tudo disse, tudo fez.
Agora, não há mais nada.
Nada a dizer, a fazer, nada a somar.
Meu coração estava grávido de uma história só sua, tentando em vão entrar num roteiro fechado.
Grávido e solteiro.
Meu coração estava grávido de um amor só meu.
Não respirou outro ar, não bebeu de outra água.
Quase morreu à míngua.
Mas era de si mesmo que o meu coração estava grávido.
Meu coração pariu outro coração de mim mesmo e agora está vazio.
Mas é um vazio bom.
Vazio de outro vazio, meu coração se enche de si.
Vazio de prisões, meu coração está cheio de possibilidades.
Eu o sinto vazio e quieto.
Eu o sinto em paz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário