Tua negra imagem me perturba o sono e a vida, o veneno do teu olhar me corrói a alma. Tua presença vampiresca segue minha sombra perdida, rodeada de demônios, dos quais o mais negro és tu! Quisera eu o hausto da tua respiração, o sangue maldito da tua progênie provar, perder minha vida para morrer na tua escuridão e em teus longos cabelos me enredar!
quarta-feira, 30 de junho de 2010
PÉ DE LARANJEIRA...
Certa vez o vi sentado à sombra de uma laranjeira,
mirava o horizonte como quem olha o futuro
com gosto de sobremesa...
Seus olhos brilhavam,
seu sorriso encantava,
...era pura travessura,
ternura,
era moleque de boas notas,
de mil idéias,
de passos largos e pernas tortas.
Desenhava,
escrevia,
se perdia por entre as nuvens,
mundos imaginários...
Ainda lembro do seu sorriso,
do gosto da sobremesa,
do horizonte nos olhos,
do futuro...
Certa vez o vi sentado à sombra
de uma laranjeira...
Esse moleque era eu, que hoje já não consegue se encontrar mais!!!
SONHOS CONTIGO...
Perco-me nos sonhos
Que tenho contigo
Onde vamos estar juntos
Longe de tudo
...Nada nos fará mal
Não tenhas medo
Eu estou aqui
Vou-te proteger
Aparece uma tempestade
Abala o nosso castelo
A terra treme
O que se passa?
Acordo deste sonho
Numa agitação
Onde o coração bate
Mais rápido que uma chita
Mais lento que um foguetão
Pronto a explodir
De emoção
Fico mais calmo
Vejo que estás deitada no meu lado
Deito-me junto a ti e vejo que o melhor sonho, está ao meu lado…
(Apenas mais um sonho...)
AMOR ENTRE AS CAVEIRAS...
Eram duas caveiras que se amavam
E à meia-noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor então trocavam.
Sentados os dois em riba da lousa fria
A caveira apaixonada assim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele de amores por ela vivia.
Ao longe uma coruja cantava alegre
Por ver os dois caveiros assim felizes
E quando se beijavam entao funebres
A coruja batendo palma e pedia bis
Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver novo de um defunto
E a caveira pr'ele se apaixonou
E o caveiro antigo abandonou.
O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de um modo romanesco
Por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco.
SENTIDO...
Onde estão as rosas que me deste?
Um perfume que não consegui sentir
Tenho os meus sentidos adormecidos,
Por mais que tente não os consigo acordar.
Nada faz sentido, porque adormeci para ti
Não me perguntes porquê,
Simplesmente não sei responder.
Onde estão as rosas que me deste?
(Vejo o teu sorriso rasgado,
Esboço um sorriso também…)
Encontro-as no vaso, não sinto o seu perfume.
Procuro respostas, tento me entender
Recordo momentos vividos,
Brincadeiras, olhares e sorrisos
Instantes jamais esquecidos…
Amor, sonhos, paixão
Deixaram cicatrizes no meu coração
Eu que agora só penso em acordar
Os meus sentidos adormecidos,
Para de novo te encontrar.
SAUDADE...
TALVEZ ALGUM DIA...
Não seja preciso chorar
Talvez não muito tarde
O mundo aprenda a amar
Talvez Amanhã cedo
Nós voltaremos a viver
Sem mistérios nem medo
Os sonhos possamos entender
Talvez seja mais uma ilusão
Talvez desejo ou paixão
Enganos de um coração
E consolo à solidão
Quem sabe restarão lembranças
Que nos deixarão saudades
Ou talvez à confiança
Seja o início da realidade
Talvez nossos sonhos perdidos
Encontrem refúgios para brotar
Seja amores esquecidos
Ou tristeza por não amar
Talvez algum dia...
Não mais necessite palavras
Não precise mais sonhar
Não exista mais distância
Para que o mundo aprenda a amar
Para que a vida seja mais que lembrança
Para que nossos sonhos sejam mais que saudades
Para que nós não sejamos apenas mais um
Que desapareceu junto a eternidade!
Talvez algum dia...
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