quinta-feira, 3 de junho de 2010

INCRÉDULO...


A imcompreensão me tomou por súbito
Da negação fiz minha única esperança
Tento insistentemente negar-me, de joelhos, sob meu nome
Conto o tempo no desfazer da minha carne
Contemplo incrédulo a terra desfazer minha única referencia de vida,
selada na mais bela e ornamentada das caixas
O vento gélido traz chuva e algumas flores ao meus pés,
como querendo alertar-me, tampar minha visão, porem nem a face me toca
Nem o ar frio do inverno, nem as torrenciais chuvas de verão
Nada mais é capaz siquer de ferir-me, quanto mais desviar meu fixo e incrédulo olhar
Até que meu ultimo fio de cabelo se desfaça, nao abandonarei meu corpo
De fato, deveria ter sido cremado...

Nenhum comentário:

Postar um comentário