Tua negra imagem me perturba o sono e a vida, o veneno do teu olhar me corrói a alma. Tua presença vampiresca segue minha sombra perdida, rodeada de demônios, dos quais o mais negro és tu! Quisera eu o hausto da tua respiração, o sangue maldito da tua progênie provar, perder minha vida para morrer na tua escuridão e em teus longos cabelos me enredar!
segunda-feira, 7 de junho de 2010
O FUNERAL...
“Quando o carpinteiro lhe tirava as medidas para o caixão, viram, através da janela, que caía uma chuva de minúsculas flores amarelas. Caíram durante toda a noite sobre a aldeia numa tormenta silenciosa e cobriram os telhados e bloquearam as portas e sufocaram os animais que dormiam à intempérie. Tantas flores caíram do céu que as ruas amanheceram atapetadas por uma colcha compacta e tiveram de varrê-las com pás e ancinhos para que o funeral pudesse passar.”
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