Tua negra imagem me perturba o sono e a vida, o veneno do teu olhar me corrói a alma. Tua presença vampiresca segue minha sombra perdida, rodeada de demônios, dos quais o mais negro és tu! Quisera eu o hausto da tua respiração, o sangue maldito da tua progênie provar, perder minha vida para morrer na tua escuridão e em teus longos cabelos me enredar!
quarta-feira, 29 de junho de 2011
QUERO MINHA VIDA AGORA!
Estou vivo,
Mais um dia, menos um dia,
Mais uma semana, menos uma semana,
Mais um mês, menos um mês.
A vida continua sempre nua e crua
Dias de lutas,
Já não sei mais qual vai ser a minha conduta.
Quero vencer essa batalha,
Mas só tormentos dessa vida canalha.
Ter fé no que? Pra que? Por quê?
Cada passo um tombo,
Cada abraço um soco,
Cada sorriso uma facada.
Por aonde eu vou, não sei onde estou, cadê minhas pegadas?
Começa o frio lá fora, mas meu coração e minha mente estão congelados há muito tempo!
Vida vivida, vida fingida, eis o tormento...
Angustia do desemprego, tristezas e desapegos,
Falsas idéias, nefasta alegria, onde não passa de mais um dia de agonia!
Estou vivo? Ou estou morrendo?
Se estou vivo porque não prospero, porque fico estagnado?
Se estou morrendo porque não acaba de uma vez, com um só solavanco?!
Mas mesmo assim eu avanço, passo a passo...
Preciso achar meu compasso!
Estou prestes a perder a cabeça,
Ajude-me antes que isso aconteça!
Estou correndo contra o tempo,
Quero evitar mais sofrimentos.
Acordo mais um dia e penso: “Hoje será meu dia!”
Mas ao anoitecer ao por minha cabeça no travesseiro percebo que foi só mais um dia,
Na verdade menos um dia.
A vida esta passando, correndo como um rio desvairado
E eu aqui sigo prostrado
Indignado comigo mesmo
Sem saber o motivo de tudo ser sempre o mesmo...
Esperança é a última que morre, mas a minha já morreu ou me esqueceu,
Me abandonou
Assim como a vida me largou...
Olho para trás e não vejo mais nada, pois o passado morreu!
Olho para frente, mesmo que triste me faço sorridente,
E percebo que o presente esta passando e que meu futuro vai estar escrito:
“Você Morreu!”
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